Ética no jornalismo é coisa do passado


Foi-se o tempo onde o jornalismo era tratado com seriedade e toda pauta era obrigatório ouvir as partes envolvidas, o beabá da profissão. Com a era digital, muitos pseudos jornalistas apareceram, se tornando proprietários de “jornais” virtuais. Com isso, houve um avanço muito grande na informação, tendo muito mais rapidez na notícia, facilitando a leitura do internauta. Infelizmente, toda essa tecnologia não é usada como informação e, muitas vezes, para denegrir a imagem de alguém, principalmente, na área política, distorcendo tudo que se divulga, sem ao menos ouvir os atacados.
São raros os jornalistas que acompanham de perto, os chamados setoristas, a política, o esporte, a polícia, e muitas outras editorias. Os chamados “jornalistas de sofá” tomam conta das redes sociais, divulgando ou chupando – como se fala no meio – informações de outros órgãos de imprensa que dispõem profissionais para acompanhar o respectivo assunto. A assessoria de imprensa facilitou muito a vida dos jornalistas e talvez seja o setor que mais cresceu na profissão, mas as mídias verdadeiras e legítimas não podem só depender desse material, pois são nos trabalhos in loco que se acontecem os furos de reportagem, o êxtase do jornalista, e que hoje também é raro de se ver.
Sou totalmente favorável à mídia digital e acho fantástico, desde que seja realizado com profissionalismo, sem manchetes tendenciosas, textos distorcidos e ataque de baixo calão. O jornalismo, como todo o país, vive seu pior momento, e esses tipos de “órgãos de imprensa” denigrem ainda mais a imagem desta importante profissão, que tem apenas o objetivo de informar.
Ariel Ferreira – jornalista.


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Publicado em: 24 de agosto de 2019 Autor: keller stocco Categoria: CIDADES

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