Americana envia morcegos mortos para análise de raiva


Entre os dias 26 de outubro e 8 de dezembro, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Americana enviou ao Instituto Pasteur, de São Paulo, 13 morcegos para análise, os quais haviam sido encontrados mortos por moradores de diversas regiões do município. No dia 26 de outubro, um morador da Rua Tanzânia, no Parque das Nações, encontrou um morcego morto, que posteriormente teve confirmada a presença do vírus rábico pelo Instituto.

Apesar da alta incidência, não há motivo para pânico, uma vez que durante o verão é comum o surgimento de morcegos na área urbana. Segundo explicou a técnica responsável e coordenadora do CCZ, a médica veterinária Aneli Marques Neves Conceição, esse é o período de reprodução, sendo que muitos acabam não conseguindo retornar aos respectivos abrigos, o que resulta em mais quedas. “Nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro são os meses onde a gente mais encaminha amostras ao laboratório, porque é o período de reprodução dos morcegos, acaba que alguns morcegos filhotes saem dos abrigos para se alimentar e não conseguem retornar, acabam caindo no chão ou nos quintais, favorecendo a ocorrência, inclusive, de serem atacados por cães e gatos”, esclareceu.

Os 13 morcegos foram localizados nos bairros Santa Catarina, Novo Mundo (dois exemplares), Chácara Machadinho, Parque das Nações (dois exemplares), Parque da Liberdade, Iate Clube de Campinas (três exemplares), Jaguari (dois exemplares) e Vila Jones. O CCZ ainda aguarda o laudo do laboratório paulista de referência, sobre a possível presença do vírus da raiva nesses animais. Aneli destacou que o morcego é um animal silvestre, protegido por lei e que desenvolve um papel muito importante na natureza, principalmente na disseminação de sementes.

Diante da confirmação sobre a presença do vírus rábico em um desses animais, uma equipe de agentes do setor realiza uma atividade junto aos imóveis, situados num raio de 500 metros do local onde o animal foi encontrado. Esta ação, preconizada pelo Ministério da Saúde, consiste no monitoramento da circulação viral, além da distribuição de material educativo, esclarecimento aos moradores sobre o quê fazer em caso de se deparar com um morcego na residência, além do reforço quanto à necessidade da população manter em dia a vacinação antirrábica dos cães e gatos. “Todo cão e gato deve tomar uma dose da vacina da raiva por ano. Isto é uma responsabilidade do proprietário, é um cuidado básico que protege tanto a saúde dos animais quanto da população humana”, frisou.

Americana, até hoje, não registrou nenhum caso de raiva humana, apenas a circulação do vírus em animais. Em 1996 um gato contaminado foi encontrado no Iate Clube de Campinas; em 2002, um cavalo testou positivo no Clube dos Cavaleiros; no ano 2003 um morcego, na Vila Bertini; em 2018 foram dois morcegos, sendo um no bairro Antônio Zanaga e outro no Jardim Nossa Senhora do Carmo e em 2020, mais dois morcegos, sendo um no Balneário Riviera (Região da Praia Azul) e outro no bairro Parque das Nações. De acordo com o CCZ, os últimos animais testados positivamente para o vírus rábico não tiveram contato com seres humanos e animais domésticos.

Fonte e imagem: Assessoria de imprensa


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Publicado em: 8 de dezembro de 2020 Autor: keller stocco Categoria: SAUDE

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